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O presente estudo focalizou a evolução da motivação através do exame comparativo de diversas faixas etárias de atletas💯 do futsal e futebol.
Uma das principais metas da Psicologia do Esporte, desde seu início, é estudar os fatores que maximizam💯 a participação e a melhora da execução no âmbito do esporte e da atividade física.
A orientação da motivação parece ser💯 um tema-chave quando tratamos de compreender a participação desportiva e o seu progresso na execução.
O termo motivação tem suas raízes💯 no verbo latino movere, que significa mover.
A motivação implica movimento, ativação, por isso, para descrever um estado altamente motivado, são💯 utilizados termos como: excitação, energia, intensidade e ativação.
Entretanto, um dos equívocos sobre a motivação desportiva consiste em relacioná-la com a💯 ativação emocional.
Alguns treinadores acreditam que, antes da competição, devam usar "técnicas" que aumentariam ao máximo os níveis de ativação dos💯 seus atletas, tais como: gritos, insultos e murros.
Tudo isso porque consideram que, quanto mais ativados emocionalmente se encontrarem seus pupilos,💯 a motivação subiria ao máximo.
Porém, sabe-se que a motivação e a ativação são construções separadas e independentes entre si.
Outra prática💯 desastrosa comum no treinamento é a de criar nos desportistas expectativas pouco realistas sobre suas possibilidades na competição.
A famosa frase:💯 "tu podes fazê-lo!", encerra um alto risco em si mesma, posto que, se o desportista não alcançar as expectativas previstas,💯 poderá sofrer um efeito "catastrófico" que fará com que diminua a final recopa 2024 motivação, afetando a confiança no seu treinador e💯 em si próprio.
Por último, convém citar os treinadores que consideram a motivação um traço estável de personalidade do atleta e,💯 portanto, imutável no tempo.
Os desportistas, como as outras pessoas, têm freqüentemente percepções distorcidas de suas próprias condutas.
O feedback ajuda a💯 estimular sentimentos positivos (ou negativos) sobre si próprio.
Segundo Williams (1991), um desportista insatisfeito com o seu nível de execução, com💯 falta de motivação para melhorar, poderá experimentar sentimentos de auto-satisfação como reforçadores positivos quando o feedback subseqüente indicar melhora.
O feedback💯 objetivo da execução, em seus aspectos específicos por si mesmos, é uma técnica motivacional e instrumental que mostra resultados altamente💯 satisfatórios.
Ambas as técnicas, o reforço sistemático e o feedback objetivo, requerem a identificação de condutas específicas que são importantes para💯 alcançar o êxito, tanto individual como coletivo.
Tutko e Richards (1984) reiteram que, provavelmente, o papel mais importante que um treinador💯 desempenha é o de motivador.
Sua personalidade, convicção, fins e técnicas de motivação são o principal para o desenvolvimento das atitudes💯 de seus jogadores e o para o grau de sucesso que estes alcançarão.
Portanto, necessita analisar final recopa 2024 própria teoria de motivação💯 e examinar seus enfoques dessas qualidades que pensa serem importantes para obter o resultado.
Conforme Balaguer (1994), com a incorporação do💯 paradigma cognitivo à Psicologia, o estudo da motivação sofreu profundas transformações.
A partir dos anos 60, o que vem interessando aos💯 psicólogos é averiguar em que medida as cognições, as interpretações dos sujeitos influenciam em suas condutas e em suas motivações.
Cognição💯 se refere ao conjunto de atividades através das quais a informação é processada pelo sistema psíquico, como a recebe, seleciona,💯 transforma e organiza, como constrói as representações da realidade e cria o conhecimento.
Muitos fenômenos estão implicados neste processamento: percepção, memória,💯 elaboração do pensamento e a linguagem são alguns deles.
Na Psicologia moderna, o termo motivação é utilizado para designar a intensidade💯 do esforço e a direção do comportamento humano.
É uma dimensão direcional que indica a finalidade do comportamento ou porque as💯 pessoas se orientam a um ou outro objetivo.
No âmbito da atividade física e do esporte, a motivação é produto de💯 um conjunto de variáveis sociais, ambientais e individuais que determina a eleição de uma modalidade física ou esportiva e a💯 intensidade da prática dessa modalidade, que determinará o rendimento (Escartí e Cervelló, 1994).
Numa visão ampla, o termo motivação denota fatores💯 e processos que levam as pessoas à ação ou à inércia em situações diversas (Cratty, 1983).
De modo mais específico, o💯 estudo dos motivos implica no exame das razões pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior💯 empenho do que outras, ou persistir numa atividade por longo período de tempo.
Também Singer (1977) descreve a motivação como sendo💯 a insistência em caminhar em direção a um objetivo.
Existem ocasiões onde a meta principal pode ser o alcance de uma💯 recompensa, tal como ter o nome impresso, ganhar um troféu ou um elogio.
Em outras ocasiões, pode tomar a forma de💯 um impulso para o sucesso, para provar ou conseguir algo para a auto-realização.
Sem a motivação, um esportista não desempenhará ou💯 desempenhará mal.
Existe um nível ideal de motivação que deve estar presente em qualquer atividade e este depende da natureza da💯 atividade tanto quanto da personalidade do esportista.
Para Frost (1971) a conduta é causada e direcionada por combinações de motivos e💯 emoções, alguns internos e outros externos, alguns genéticos e outros ambientais, alguns conscientes e outros inconscientes, alguns individuais e outros💯 sociais, etc.
Os motivos podem ser classificados de acordo com final recopa 2024 fonte.
Por exemplo, alguns motivos são oriundos de fontes externas e💯 da tarefa, incluindo as diversas recompensas manifestas ou latentes, como o elogio e as demonstrações de sucesso, os presentes e💯 o dinheiro.
Outras fontes de motivação podem ser resultado da estrutura psicológica do indivíduo e de suas necessidades pessoais de sucesso,💯 sociabilidade, reconhecimento, etc.
, bem como aquelas que parecem derivar de características da própria tarefa, tais como a novidade e a💯 complexidade da experiência mental ou motora com a qual o indivíduo se defronta (Cratty, 1983).
A motivação de um atleta para💯 o rendimento ou para sobressair-se dependerá não somente de seus motivos de rendimento (de seu desejo de se sobressair), mas💯 também da reputação de seus adversários e do interesse público da competição.
Entretanto, diferentes motivos podem mostrar-se ativos simultaneamente.
Em certos casos,💯 podem ser antagônicos e estabelecer juntos a força da motivação do momento (Bakker, Whiting, & Van der Brug, 1983).
Por outro💯 lado, o conceito de motivo tem sido, com freqüência, ligado à idéia de "necessidade".
Por exemplo: uma deficiência biológica (falta de💯 oxigênio) determina uma necessidade.
Isto gera um impulso que motiva o organismo a conduzir-se para a satisfação da necessidade.
A aquisição de💯 alimento e de oxigênio é o objetivo do organismo e a conduta que leva a este é reforçadora.
A necessidade ativa💯 o organismo e a natureza da necessidade proporciona uma direção à conduta (tratar de subir a superfície para poder respirar,💯 por exemplo).
Maslow (s/d) sugeriu que as necessidades do homem se desenvolvem na seqüência, das necessidades "inferiores" para as "superiores": necessidades💯 fisiológicas (fome, sede); necessidade de segurança (segurança, ordem); necessidade de participação e de amor (afeição, identificação); necessidade de estima (prestígio,💯 êxito, auto-respeito); necessidade de auto-realização (o desejo de auto-satisfação).
O autor argumenta que, no desenvolvimento do indivíduo, uma necessidade "inferior" precisa💯 ser satisfeita adequadamente antes que possa surgir a próxima necessidade "superior".
Ainda Deci e Ryan (1985) destacaram a importância das experiências💯 de aprendizagem no desenvolvimento dos motivos humanos, não centralizaram suas atenções na motivação com procedência biológica (fome, sede, sexo) ou💯 emocional (medo, alegria), mas consideraram o aspecto no qual estão implicadas experiências de aprendizagem, a motivação intrínseca.
A conduta intrinsecamente motivada💯 se manifesta no desejo de sentir-se competente.
A partir dessa necessidade os motivos básicos de competência e autodeterminação desenvolvem motivos mais💯 específicos.
Bergamini (1997) propõe que a motivação seja uma cadeia de eventos baseada no desejo de reduzir um estado interno de💯 desequilíbrio tendo como fundamento o pensamento e a crença de que certas ações deveriam servir a esse propósito e levando💯 os sujeitos a agirem de maneira que serão conduzidos até o objetivo desejado.
É importante que seja considerada a existência de💯 diferenças individuais e culturais entre os sujeitos quando se refere à "motivação".
Este diferencial não só pode afetar significativamente a interpretação💯 de um desejo, mas também o entendimento da maneira particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus💯 objetivos.
As pessoas já trazem dentro de si expectativas pessoais que ativam determinado tipo de busca de objetivos.
A motivação, portanto, pode💯 ser considerada, primordialmente, um processo intrínseco.
A maneira mais fundamental e útil de pensar a respeito desse assunto envolve a aceitação💯 do conceito de motivação intrínseca, que se refere ao processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesma proporciona,💯 isto é, desenvolver uma atividade pela recompensa inerente a essa mesma atividade (Deci e Ryan, 1985, p.21).
Essa forma de considerar💯 o comportamento motivacional implica o reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia pessoal à medida que💯 as pessoas podem, de certa forma, escolher que tipo de ação empreender com base nas suas "próprias fontes internas" de💯 necessidades e não simplesmente responder aos controles impostos pelo meio externo.
Ryska (2003) avaliou medidas de competitividade, orientação da motivação e💯 objetivo percebido de participação como preditoras da prática esportiva em 391 jovens de 10 a 15 anos de idade, 185💯 meninos e 134 meninas.
Estes jovens atletas eram praticantes de competições extra-currículares de futebol, natação, hipismo, tênis e ciclismo.
Análises de regressão💯 hierárquica mostraram que razões intrínsecas, auto-estima e domínio da tarefa, foram mais preditoras de diversas dimensões da prática do esporte💯 do que competitividade.
Por outro lado, objetivos extrínsecos, busca de status social e status na carreira, contribuíram com níveis mais baixos💯 para algumas dimensões da prática do esporte.
Segundo Williams (1991), em contraste com as teorias que concebem a motivação como força💯 interna que impulsiona as pessoas a alcançar uma meta, as teorias motivacionais dos incentivos se baseiam na associação de que💯 fatores externos impulsionam as pessoas a cumprir determinadas metas.
Nesta orientação o termo incentivo se define como "todos aqueles estímulos externos💯 que servem para influir no comportamento".
Os incentivos positivos são estímulos atrativos que facilitam um comportamento, os negativos podem ajudar e💯 eliminar comportamentos que não são desejados.
Os incentivos aumentam a força e a intensidade de um comportamento, são relativos, não são💯 absolutos, podem mudar de função no tempo, pelas circunstâncias e de pessoa para pessoa.
A antecipação de um incentivo pode servir💯 para modificar um comportamento.
Manipulando as conseqüências potenciais dos incentivos, um poderá influir na conduta de outros.
O uso de incentivos variáveis💯 pode ajudar a manter a afetividade dos incentivos tangíveis; os incentivos psicológicos (auto-estima), o desejo de prestígio social e a💯 independência podem constituir possíveis recompensas que aumentam a motivação pela atividade física e o esporte.
Conforme Strong (1965), na média meninice,💯 os prêmios externos poderão aumentar o desempenho físico, ao passo que, na fase adulta, os atletas profissionais, já bem pagos💯 e financeiramente independentes, poderão continuar a participar de seu esporte devido às recompensas internas provenientes do êxito.
Tutko e Richards (1984)💯 revisaram os processos de motivação interna e externa, relatando que o grau da motivação intrínseca varia enormemente entre atletas.
Alguns desportistas💯 são altamente motivados internamente e investem uma grande quantidade de tempo de trabalho para aperfeiçoar suas destrezas, embora não sejam,💯 constantemente, reconhecidos ou elogiados pelos treinadores.
As razões e os esforços porque estes atletas participam são fatores pouco relacionados com os💯 comportamentos dos treinadores.
De outra maneira, alguns desportistas investem muito pouco tempo e, constantemente, necessitam dos reforços dos treinadores para ter💯 motivação e alcançar seus objetivos.
Há, ainda, o indivíduo que, depois das práticas regulares, continua aperfeiçoando final recopa 2024 técnica e aquele que💯 logo vai para o chuveiro e abandona o treinamento.
A maior parte dos estudos (Tutko e Richards, 1984; Williams, 1991) chegou💯 à conclusão que as recompensas extrínsecas podem prejudicar a motivação interna, exceto quando esta é elevada.
Pelo contrário, o desempenho de💯 desportistas com níveis de motivação intrínseca muito baixos pode aumentar mediante a administração de recompensas externas.
Os reforços externos parecem afetar💯 a motivação intrínseca dos sujeitos de duas maneiras: diminuindo, quando percebidos como mudanças perturbadoras de controle interno e externo; incrementando,💯 quando percebidos como informações que permitem aumentar o sentimento de competência.
Segundo Cratty (1983), para muitos jovens, fazer parte de um💯 time significa a oportunidade de ser membro de um grupo, de formar laços com seus companheiros, porém, se o técnico💯 motivar os seus atletas através da ênfase nas relações sociais, quando seu principal interesse é uma atuação superior e o💯 resultado, certamente fracassará (Hernandez e Gomes, 2002).
Apesar dos numerosos esforços que influenciam a motivação individual, pode-se pensar que é possível💯 colocar os indivíduos em várias categorias, segundo os motivos que os levam a ingressar no esporte e em outras situações💯 que implicam em sucesso.
Frente à necessidade de êxito, Cratty (1983) propõe várias classificações.
Na primeira, estão os indivíduos que buscam enfrentar💯 situações que implicam em sucesso com uma motivação muito alta para alcançá-las e tendo a percepção de que tais situações💯 trarão o sucesso tão valorizado.
Estes indivíduos provavelmente escolherão objetivos alcançáveis em vez de "chutarem" alto demais ao enfrentarem desafios.
Na segunda,💯 estão os indivíduos que procuram evitar o fracasso.
Estes têm possibilidade de evitar as situações que implicam em possibilidade de derrota💯 ou terão muito cuidado ao escolher adversários e objetivos, tendo assim grande probabilidade de sucesso.
Podendo também escolher objetivos dificilmente alcançáveis,💯 preparam-se assim, de antemão, com desculpas plausíveis e "salvadoras".
Existe também um outro tipo de indivíduo que se concentra em alcançar💯 objetivos médios, acredita que terá uma chance de derrotar o próximo adversário se desenvolver grande esforço.
Estudos de laboratórios (Bakker et💯 al.
, 1983) comprovaram que a presença de adultos frente ao desempenho de crianças provocam nestes melhor nível de realização do💯 que aqueles que atuam sozinhos.
Para explicar esse fenômeno, Zajonc (1965) formulou a hipótese da facilitação social.
Este autor declara que a💯 existência de espectadores tem um efeito facilitador na ativação da prática esportiva.
A presença do público, no nível e estágio inicial💯 de aprendizagem e nos efeitos para os desempenhos, é prejudicial.
No estágio intermediário de aprendizagem é levemente prejudicial ou favorável.
Nos níveis💯 mais altos de habilidade é considerada favorável ou sem efeito aparente (Singer, 1977).
Método
Este estudo caracterizou-se por uma pesquisa quantitativa, tipo💯 correlacional, com o fim de verificar as diferenças motivacionais no esporte em diversas fases do desenvolvimento psicológico humano.
Sujeitos
Os participantes desta💯 pesquisa foram crianças, adolescentes, adulto-jovens e adultos, de preparação profissionalizante em diversos clubes esportivos, praticantes do Futebol e/ou Futsal, da💯 região metropolitana de Porto Alegre/RS.
A amostra não-probabilística, tipo acidental ou de conveniência foi composta por 214 desportistas: 127 do Futsal💯 e 87 do Futebol.
O tempo em que esses atletas exercem estas duas modalidades variou de 1 a 21 anos.
Os indivíduos💯 foram divididos em categorias: infantil (9 a 14 anos); infanto-juvenil (15 a 16 anos); juvenil (17 a 19 anos) e💯 adultos (acima de 19 anos).
Instrumentos
Foi utilizado como instrumento uma adaptação do questionário de Gill e Deeter (1988), contendo 32 perguntas💯 (em anexo), para determinar os fatores motivacionais nas diferentes etapas do desenvolvimento psicológico dos atletas.
Este instrumento é composto de seis💯 fatores de motivação: sucesso/status, desenvolvimento de habilidades, excitação/desafio, liberação de energia, aptidão e afiliação.
A escala usada para registrar as respostas💯 dos sujeitos foi do tipo Likert de quatro pontos: 1 significando extremamente importante; 2, bastante importante; 3, pouco importante; e💯 4, nada importante.
Coleta de dados
O questionário foi aplicado nos estabelecimentos esportivos onde existem programas desportivos para faixas etárias diversificadas direcionados💯 ao Futebol e/ou Futsal profissionalizante.
A aplicação do instrumento foi feita em grupo.
Análise dos dados
Através do pacote estatístico SPSS, os dados💯 foram analisados pela técnica de Análise de Variância para um fator.
A variável independente foi categoria desportiva (faixa etária) e a💯 variável dependente foi motivação.
Resultados e discussão
ANOVA para um fator, variável dependente sucesso/status, verificou diferenças estatísticas significativas (p = 0,001) entre💯 os grupos de categorias esportivas, F (3,210) = 5.861.
O teste de follow up de Scheffé identificou diferenças significativas entre as💯 médias do grupo da categoria juvenil (1,68) e dos grupos das categorias infanto-juvenil (2,00) e adulto (2,06).
Outras diferenças entre médias💯 de categorias não apareceram.
Cabe ressaltar que, nesta categoria de juvenis (17-19 anos), os jogadores enfrentam um momento decisivo em suas💯 vidas, podendo se profissionalizar ou não.
Em função disso, provavelmente, necessitam de status/sucesso confirmando o seu potencial e, antes de mais💯 nada, "abrindo as portas" para a profissão.
Neste estágio da adolescência, culmina todo o processo maturativo biopsicossocial do indivíduo.
Mahler (1975) postula💯 a existência de um estado indiferenciado inicial a partir do qual o indivíduo terá que, gradativa e inexoravelmente, se diferenciar💯 para adquirir a identidade pessoal.
A trajetória em direção a identidade adulta pressupõe a paulatina aceitação das limitações humanas e a💯 renúncia às fantasias regressivas de posse ou fusão com o que está além dos limites do Eu (Osório, 1992).
Para Aberastury💯 (1990), pensar no que há de essencial na adolescência, seu signo, é pensar na necessidade de entrar no mundo adulto.
A💯 modificação corporal, essência da puberdade, o desenvolvimento dos órgãos sexuais e da capacidade de reprodução são vividos pelo adolescente como💯 uma erupção de um novo papel, que modifica final recopa 2024 posição frente ao mundo e o compromete em todos os planos💯 de convivência.
A busca de aprovação, sucesso/status, seria o retorno absoluto da confirmação narcísica, necessária para que este sujeito cheio de💯 inquietudes e dúvidas possa sentir-se suficientemente seguro para se lançar nos percalços, desafios e em todos os riscos que terá💯 de enfrentar na vida adulta.
ANOVA para um fator, variável dependente desenvolvimento das habilidades, apurou diferenças estatísticas significativas (p = 0,000)💯 entre as médias dos grupos de categorias desportivas, F (3,210) = 7,069.
O teste de follow up de Tamhane identificou diferenças💯 significativas entre a média do grupo da categoria juvenil (M = 1,18) e as médias dos grupos das categorias infanto-juvenil💯 (M = 1,45) e adulto (1,27), sendo que outras diferenças não apareceram.
Balaguer (1994) comenta que, no âmbito da atividade física💯 no esporte, a motivação é o produto de um conjunto de variáveis sociais, ambientais e individuais que determina a eleição💯 de uma atividade física ou esportiva.
A intensidade da prática dessa atividade, é o que influenciará, em últimos termos, o rendimento.
Singer💯 (1984) afirma que indivíduos que se tornam mais satisfeitos com suas experiências esportivas provavelmente vão continuar praticando.
Essas pessoas desenvolvem capacidades💯 pessoais e têm mais chances de conquistar seu potencial através de determinação e compromisso.
Provavelmente, as diferenças entre o grupo de💯 juvenil e os demais grupos, possam ser devidas aos interesses em desenvolver habilidades para conseguir chances de tornarem-se efetivamente profissionais.
ANOVA💯 para um fator, variável dependente afiliação, apurou que não houve diferenças estatísticas significativas (p = 0,786) entre os grupos das💯 categorias, F (3,210) = 0,354.
De acordo com os dados, esse fator não promoveu diferenças entre as quatro categorias, o que💯 provavelmente indica que, em todas as idades (de 9 a 34 anos), essas pessoas precisam ser bem aceitas umas pelas💯 outras, ou seja, têm necessidade de amizade e de relações.
Como todos atletas investigados estavam envolvidos com modalidades esportivas coletivas, parece💯 natural que a necessidade de afiliação seja um fator motivacional que os caracterize igualmente.
ANOVA para um fator, variável dependente aptidão,💯 apurou que não houve diferenças estatísticas significativas (p = 0,967) entre as médias dos grupos das categorias pesquisadas, F (3,210)💯 = 0,087.
Parece lógico que todos os desportistas tenham afirmado níveis muito parecidos de aptidão, já que estão num contexto de💯 formação de atletas de elite.
Portanto, é coerente que todos, indistintamente, saibam da aptidão que possuem para a realização dessas práticas💯 esportivas e que reconheçam esta consciência como um dos fatores que os levam a praticar.
ANOVA para um fator, variável dependente💯 liberação de energia, apurou diferenças estatísticas significativas (p = 0,000) entre as médias dos grupos das categorias, F (3,210) =💯 6,546.
O teste de follow up de Scheffé identificou diferenças significativas entre a média da categoria infantil (2,58) e as médias💯 dos grupos infanto-juvenil (1,97), juvenil (2,03) em relação às médias das categorias infantil (2,58) e adultos (2,15).
Nas fases referentes à💯 adolescência, dos 15 aos 19 anos (infanto-juvenil e juvenil), os esportistas expressaram claramente suas necessidades de liberar energias motivando-os ao💯 esporte.
Pode-se inferir que, talvez, estejam sentindo-se mais ativados e energizados frente ao contexto que experienciam.
De acordo com Kalina (1999), a💯 criança que vive 11, 12 ou 13 anos a singularíssima vida infantil, protegida por seus pais e pelas instituições e💯 afastada dos problemas da realidade social, à medida que se instala a puberdade, a partir dos 14-15 anos, ocorrem fortes💯 comoções psicológicas.
A adolescência, processo que tem características muito particulares, varia, também, de acordo com as circunstâncias em que se encontra💯 cada adolescente.
Mas, em geral, toda a agressividade contida, através do superego estabelecido, mesmo de forma ainda fragilizada, é libertada para💯 buscar situações sociais que permitam a final recopa 2024 sublimação.
A liberação dos impulsos agressivos e libidinais é inerente nessa fase de preparação💯 para a vida adulta.
Uma forma de conter a impulsividade é transformá-la em algo socialmente aceitável e o esporte servirá de💯 suporte reorganizador do comportamento agressivo no mundo adulto.
Portanto, parece congruente que os atletas mais envolvidos com a fase da adolescência💯 tenham manifestado mais motivação ligada com a liberação de energia.
ANOVA para um fator, variável dependente excitação/desafio, apurou que não houve💯 diferenças estatísticas significativas (p = 0,151) entre as médias dos grupos das categorias F (3,210) = 1,783.
Conforme visto antes, a💯 motivação implica movimento, ativação e tanto é assim que, para descrever um estado altamente motivado se utilizam termos como excitação,💯 energia, intensidade ou ativação.
O que motiva todo o atleta é o desafio de vencer obstáculos, colocando tensão em si próprio,💯 promovendo excitação e competindo para conquistar o sucesso (Zander, 1975).
Conclusão
Conclui-se, através da apresentação e discussão dos resultados, que os aspectos💯 pelos quais os atletas mobilizaram-se, atuando motivadamente no esporte, como qualquer pessoa em outro contexto, revelaram direcionamentos variáveis e difíceis💯 de serem reduzidos a conceitos rígidos.
As razões de cada atleta para ingressar num time esportivo podem ser inúmeras, como também💯 os motivos que os fazem atuar durante todo o processo de final recopa 2024 formação profissional.
Esses atletas pesquisados, na maioria, vinham percorrendo,💯 ao longo de vários anos, suas trajetórias esportivas, e apresentaram expectativas condizentes aos desejos de aceitação, reconhecimento e sucesso/status presumíveis💯 de acordo com seus empenhos, esforços e dedicação ao esporte.
Grande parte desses desportistas pesquisados estava na reta final da adolescência,💯 portanto, ajustando-se as turbulências hormonais, emocionais e elaborando o luto dos pais da infância e do corpo infantil, ambos perdidos.
Desta💯 forma, esses atletas estavam "correndo atrás da bola" através do manejo das possibilidades plausíveis de reconhecimentos para a conquista de💯 uma identidade adulta.
Os seus desejos de satisfações imediatas, típicos da impulsividade dessa fase do desenvolvimento humano, os levaram a valorizar💯 mais do que nunca o "desenvolvimento de habilidades".
Possivelmente, porque este será o antídoto mágico e eficiente que permitirá ingressar no💯 mundo encantado do "sucesso".
Tudo isso, possivelmente, justifica o fato de que as principais diferenças de motivação para participar do esporte💯 entre faixas etárias encontradas neste estudo tiveram como protagonistas atletas que, em maior ou menor grau, estavam sob os efeitos💯 de uma fase crucial do ciclo vital humano: a adolescência.
Visto que, no presente estudo, foi usada uma abordagem transversal, comparação💯 de diversos grupos de faixas etárias diferentes para observar a evolução da motivação de atletas, sugere-se que outras pesquisas possam💯 ser realizadas utilizando estratégia longitudinal.
Ou seja, um acompanhamento regular e periódico aos mesmos atletas em suas trajetórias esportivas desde as💯 categorias infantis até adulta.
Assim, a observação do desenvolvimento do desportista, provavelmente, se dará mais efetivamente, embora em função de tempo💯 e recursos materiais esse tipo de pesquisa seja bastante difícil e complicado de ser realizado.
Além disso, seria conveniente utilizar como💯 instrumentos, além dos questionários, as entrevistas semidirigidas.
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